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"Em vista da grande vantagem de evitar calotes, a medida tem sido bem aceita pelos bancos."

Com a grave situação econômica brasileira, diversas empresas estão passando por dificuldades financeiras. Longe de uma melhora no próximo ano, as empresas buscam alternativas para não encerrarem suas atividades.

Além da recuperação judicial, que, de grosso modo, visa organizar as pendências com os credores, o contrato de stand still pode ser uma alternativa interessante.

Trata-se de uma modalidade de acordo entre todos os credores e a devedora, para adiar cobranças e, com isso, garantir pagamentos dos valores atrasados.

O principal ponto do acordo é a concordância de todos os credores em não tomar medidas contra a empresa devedora até que seja apresentada uma proposta de reorganização das dívidas. Se o stand still não tiver aderência de todos os credores, o contrato fica prejudicado, pois a devedora pode ser acionada por um credor em atuação isolada.

Em vista da grande vantagem de evitar calotes, a medida tem sido bem aceita pelos bancos. Esse contrato, inclusive, foi firmado em março deste ano entre a construtora UTC e os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil, HSBC e Banco ABC. A OGX, atual OGPar, segundo informações do O Globo (http://oglobo.globo.com/economia/ogx-faz-acordo-com-credores-para-adiar-pagamento-de-dividas-15842936), também utilizou o contrato para adiar pagamentos.

Ainda com a possibilidade de prorrogar o prazo do stand still, desde que haja concordância de todos os credores, a medida é bastante interessante para empresas que podem dispor de ativos, mas precisam ganhar tempo, ou empresas com capacidade de rápida recuperação dos lucros.

A crise promete persistir no próximo ano e os empresários devem estar preparados para lutar contra as dificuldades financeiras. O contrato de stand still pode ser uma boa opção, pois os credores estão mais maleáveis.